PF informa que desocupação de Belo Monte não deve acontecer antes da próxima segunda-feira (3)
Dificultam a operação o feriado e o deslocamento de agentes para a Copa das Confederações
A Superintendência da PF (Polícia Federal) no Pará informou nesta quinta-feira (30) que, mesmo que os índios que ocupam um dos canteiros da Usina Hidrelétrica de Belo Monte não deixem o local voluntariamente, dificilmente vai organizar uma operação policial de desocupação, antes da próxima segunda-feira (3).
Segundo o assessor o assessor da PF em Belém, Fernando Sérgio Castro, dois fatores dificultam o planejamento da operação: o feriado e o fato de que cerca de 70 policiais federais estão sendo deslocados de várias delegacias paraenses para o Recife onde, a partir da próxima segunda, começam a se preparar para garantir a segurança durante a Copa das Confederações, evento esportivo que começa no próximo dia 15.
— Diante de uma situação dessa, logicamente, vamos ter que traçar planos. Esperamos que não seja necessário o uso da força, que os índios deixem o local como já fizeram em outras ocasiões e a situação se resolva pacificamente. Agora, é óbvio que, se for preciso, a PF vai usar os meios necessários para que a ordem judicial seja cumprida. Eu acredito que, a menos que a situação se agrave, isso não acontecerá antes de segunda-feira.
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Segundo o assessor de comunicação do Consórcio Construtor Belo Monte, Fernando Santana, responsável pela execução da obra, o clima no local é tenso, já que os índios, além de estarem ameaçando atear fogo em máquinas e instalações, se apoderaram de cinco ônibus e dezenas de rádios-comunicadores e bloquearem rotas de fuga em caso de emergências.
— Neste estágio, com o grau de tensão que está no local, compete à polícia e à Justiça resolver o caso. O consórcio faz o que está ao seu alcance para assegurar a segurança dos 4 mil trabalhadores presentes no canteiro.
O prazo concedido pela Justiça Federal para que os índios deixassem o local terminou na última quarta-feira (29) à tarde. Os índios ainda tentaram reverter a decisão judicial, mas o juiz federal Sérgio Wolney de Oliveira Guedes, da Subseção Judiciária de Altamira, manteve a sentença com prazo até as 17h30 de ontem.
Os índios exigem a suspensão de todos os empreendimentos hidrelétricos na Amazônia, até que o processo de consulta prévia aos povos tradicionais, previsto na Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), seja regulamentado.
Segundo o governo, isso já está sendo feito pelo grupo de trabalho interministerial instituído em janeiro de 2012 para avaliar e apresentar proposta de regulamentação dos mecanismos de consulta prévia.
O grupo é coordenado pelo Ministério das Relações Exteriores e pela Secretaria-Geral da Presidência da República e conta com a participação de vários órgãos e entidades governamentais.
Segundo o assessor o assessor da PF em Belém, Fernando Sérgio Castro, dois fatores dificultam o planejamento da operação: o feriado e o fato de que cerca de 70 policiais federais estão sendo deslocados de várias delegacias paraenses para o Recife onde, a partir da próxima segunda, começam a se preparar para garantir a segurança durante a Copa das Confederações, evento esportivo que começa no próximo dia 15.
— Diante de uma situação dessa, logicamente, vamos ter que traçar planos. Esperamos que não seja necessário o uso da força, que os índios deixem o local como já fizeram em outras ocasiões e a situação se resolva pacificamente. Agora, é óbvio que, se for preciso, a PF vai usar os meios necessários para que a ordem judicial seja cumprida. Eu acredito que, a menos que a situação se agrave, isso não acontecerá antes de segunda-feira.
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Segundo o assessor de comunicação do Consórcio Construtor Belo Monte, Fernando Santana, responsável pela execução da obra, o clima no local é tenso, já que os índios, além de estarem ameaçando atear fogo em máquinas e instalações, se apoderaram de cinco ônibus e dezenas de rádios-comunicadores e bloquearem rotas de fuga em caso de emergências.
— Neste estágio, com o grau de tensão que está no local, compete à polícia e à Justiça resolver o caso. O consórcio faz o que está ao seu alcance para assegurar a segurança dos 4 mil trabalhadores presentes no canteiro.
O prazo concedido pela Justiça Federal para que os índios deixassem o local terminou na última quarta-feira (29) à tarde. Os índios ainda tentaram reverter a decisão judicial, mas o juiz federal Sérgio Wolney de Oliveira Guedes, da Subseção Judiciária de Altamira, manteve a sentença com prazo até as 17h30 de ontem.
Os índios exigem a suspensão de todos os empreendimentos hidrelétricos na Amazônia, até que o processo de consulta prévia aos povos tradicionais, previsto na Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), seja regulamentado.
Segundo o governo, isso já está sendo feito pelo grupo de trabalho interministerial instituído em janeiro de 2012 para avaliar e apresentar proposta de regulamentação dos mecanismos de consulta prévia.
O grupo é coordenado pelo Ministério das Relações Exteriores e pela Secretaria-Geral da Presidência da República e conta com a participação de vários órgãos e entidades governamentais.
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