segunda-feira, 18 de julho de 2011

Quadrilha ganhava para desviar dinheiro e pagar contas de empresas (Postado por Erick Oliveira)

A Polícia Civil do Pará descobriu uma quadrilha suspeita de desviar dinheiro de contas bancárias de pessoas em vários estados para realizar pagamentos de boletos bancários para empresas. Segundo o delegado Alberto Teixeira, superintendente da Polícia Civil em Marabá, um hacker de 22 anos era o chefe do grupo e lucrava entre 10% e 20% sobre cada transação efetuada.
“Eles agiam com um programa que chamavam de ‘Professor Pardal’. Através de um vírus que infectava o computador das pessoas por meio de emails falsos, a quadrilha capturava senhas de contas bancárias e usava os dados para efetuar o pagamento de boletos bancários de contas e débitos, como IPVA, etc”, diz o delegado ao G1.
"Achamos contas pagas de vários estados do país, alguns da região Sudeste. O desvio deve ter sido de milhões", afirma Teixeira. A investigação começou há três meses. Na última sexta-feira (15), cinco integrantes do grupo foram presos, entre eles um jovem de 22 anos apontado como hacker. Era ele, segundo a polícia, que desviava o dinheiro e fazia o pagamento dos boletos.
Outro comparsa era responsável por enviar emails para usuários de todo o país infectados com um vírus, que se alojaria no computador para captar os dados. Um terceiro integrante da quadrilha, afirma Teixeira, atuava no aliciamento de empresários e pessoas dispostas a ingressar no esquema e terem suas contas pagas.

“As pessoas informavam o código de barras do boleto bancário ao hacker e, após ele efetuar o pagamento, recebiam de 10% a 20% do valor pela transação”, acrescenta o delegado.
Dois comerciantes, proprietários de farmácias em Marabá, foram presos por participar do esquema. Para o delegado, que as pessoas que tiveram suas contas pagas pela quadrilha sabiam da procedência ilegal do dinheiro.  “Agora, vamos rastrear todos os pagamentos e entrar em contatos com bancos para identificar quem foram as vítimas e outros possíveis fraudadores”, afirma Teixeira.

Nenhum comentário: