segunda-feira, 30 de maio de 2011

Governo faz reunião de emergência após assassinatos de agricultores na região Norte

Maurício Savarese
Do UOL Notícias
Em Brasília




O vice-presidente Michel Temer conduzirá nesta segunda-feira (30) uma reunião no Palácio do Planalto com a presença de vários representantes de ministérios para tratar da insegurança gerada por conflitos fundiários, onde quatro agricultores ligados a causas ambientalistas foram assassinados nos últimos dias. Segundo a CPT (Comissão Pastoral da Terra), três deles tinham denunciado a ação ilegal de madeireiros.

Mortes no campo reforçam estigma de impunidade no Pará

Participarão do encontro em Brasília, além de Temer, o secretário-geral Gilberto Carvalho e representantes das pastas do Gabinete de Segurança Institucional, do Meio Ambiente, da Justiça, do Desenvolvimento Agrário e dos Direitos Humanos. Também estarão no encontro o presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio) e membros da Polícia Federal, que já investiga os crimes. A presidente Dilma Rousseff está a caminho do Uruguai.

“A nossa situação aqui é de risco grave”, disse José Batista, advogado da CPT. “A ação do governo é fundamental para que outras pessoas não tenham o mesmo destino.” Nesta segunda-feira, o jornal “O Estado de S.Paulo” noticiou que o governo pode intervir em áreas conflagradas da região Norte, em especial a tríplice fronteira entre Acre, Amazonas e Rondônia.

Três dos agricultores mortos são do projeto Agroextrativista Praialta-Piranheira, localizado em Nova Ipixuna, no sudeste do Pará. Os líderes do movimento, José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, foram assassinados na terça-feira (24). Erenilto Silveira dos Santos, suposta testemunha, foi encontrado morto no sábado (28).

Na sexta-feira (27), o líder ambientalista Adelino Ramos foi abatido em Vista Alegre do Abunã, em Rondônia. “São todos crimes sem explicação até agora”, afirmou Batista.


sábado, 28 de maio de 2011

Sespa mostrará riscos do tabagismo no Dia Mundial sem Tabaco


Divulgação
Causador de 200 mil óbitos por ano no Brasil, o cigarro é um problema de saúde pública e alvo de campanhas de combate e prevenção

O Dia Mundial sem Tabaco, comemorado em 31 de Maio, será marcado no Pará por uma programação direcionada a toda a população, promovida pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Controle de Tabagismo, em conjunto com o Centro de Referência em Abordagem e Tratamento do Fumante. As ações acontecerão na próxima segunda-feira (30), partir das 09h, no hall da Cardiologia, na Unidade de Referência Especializada da Avenida Presidente Vargas, centro de Belém.

Com o tema “Convenção - Quadro para o Controle do Tabaco”, o evento pretende destacar os riscos à saúde associados ao tabagismo e cobrar políticas eficazes para redução do consumo de cigarro. Entre a programação estão previstas apresentações de bandas musicais e grupos de dança de salão, serviços como verificação de pressão arterial, teste de glicemia, teste de HIV, e ações educativas.

Na terça-feira (31), a partir das 8h, a programação prosseguirá com o “II Fórum Paraense de Mobilização Social para Controle do Tabaco”, no auditório da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), com a presença de gestores estaduais e municipais das áreas de Saúde e Educação, legisladores estaduais e municipais, organizações governamentais e não governamentais, empresas privadas e outros segmentos sociais.

Também haverá atividades das 8 às 12h na Praça D. Pedro II, com apresentação de bandas de música e vídeos educativos, medição de monóxido de carbono, realização de exercícios físicos (como alongamento e caminhada na praça), distribuição de panfletos e orientação sobre prevenção e promoção do controle do tabagismo.

Estatística - O tabaco é uma das drogas mais consumidas no mundo, por isso é considerado um grave problema de saúde pública. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabaco é responsável por 5 milhões de mortes por ano no planeta.

Só no Brasil são registrados 200 mil óbitos a cada ano. O cigarro industrializado, um dos mais utilizados, causa cerca de 50 doenças, por conter quase 5 mil substâncias tóxicas, a maioria causadora de câncer.

Outro fator agravante do tabagismo é que o fumante não prejudica apenas a própria saúde, mas também a dos familiares, amigos, colegas de trabalho e de outras pessoas que inalam a fumaça do cigarro, os chamados fumantes passivos. As pessoas que convivem regularmente com fumantes passivos, mesmo sem fumar, têm até 30% mais de chances de desenvolver câncer, do que as que não respiram a fumaça lançado pelos fumantes.

Ainda de acordo com a OMS, a única forma de evitar esse risco é promover a implantação de ambientes 100% livres de tabaco.

No Pará, a Lei n° 7.094/2008 proíbe o uso do cigarro em órgãos da administração pública direta e indireta, e nas fundações.

Cartilha - Com informações sobre os malefícios do cigarro e outros produtos que utilizam tabaco, foi lançada no município de Capanema, nordeste do Pará, a terceira edição de uma cartilha produzida pela Coordenação Estadual de Tabagismo e pelo 4º Centro Regional de Saúde, sediado em Capanema, mas com abrangência em mais 15 municípios.

A cartilha foi lançada na última quinta-feira (26), em evento com a participação de estudantes, secretários Municipais de Saúde e representantes de gestores municipais envolvidos na campanha de combate ao tabagismo. A publicação aborda o que é o tabagismo, a composição do cigarro, as doenças causadas pela droga, o impacto na saúde da mulher fumante, tabagismo passivo, os ganhos ao parar de fumar, onde encontrar tratamento para vencer o vício e advertências sanitárias.

O diretor do 4º Centro Regional de Saúde, Breno Oliveira dos Santos, destacou a “responsabilidade dos gestores dos órgãos competentes em fazer cumprir a Lei do Ambiente Livre do Tabaco - Lei Federal 9.294/96 – que trata da restrição da propaganda e do uso do tabaco em espaços coletivos, além da promoção de ações informativas e educativas voltadas à sociedade”.

Segundo ele, “é dever de governantes, gestores, trabalhadores dos setores público e privado, e da sociedade civil contribuir para a manutenção de ambientes saudáveis. Todo cidadão, fumante ou não-fumante, deve demonstrar atitudes corretas e responsáveis para proteger a saúde pública”.

Ascom/Sespa

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ambientalistas assassinados no PA são enterrados em Marabá (Postado por Erick Oliveira)

Foram enterrados no final da manhã desta quinta-feira (24) o casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, assassinado a tiros na terça-feira (24) em Nova Ipixuna, no Pará.

Segundo a irmã de José Cláudio, Claudelice, o enterro foi acompanhado por cerca de 3 mil pessoas, entre eles integrantes de movimentos agrários e ambientais. “Todas as lideranças dos movimentos fizeram um pequeno discurso de despedido no enterro”, disse Claudelice.

O cortejo percorreu as ruas da cidade de Marabá, levando os corpos até o cemitério da cidade, onde foram enterrados. “Nos reunimos logo cedo pela manhã com vários movimentos sociais para fazermos esta passeata em homenagem a eles e como protesto. Estou muito emocionada, levando meu irmão e minha cunhada para um lugar de onde eles não terão volta”, disse ela.

O delegado Silvio Maués, diretor de Polícia Judiciária do Interior no estado do Pará, diz que o casal não havia registrado boletim de ocorrência de ameaça na Polícia Civil. “Eles não tinham feito boletim de ocorrência nenhum de ameaça. A família tem o direito de estar bastante abalada neste momento e todos os dados que estão sendo trazidos por eles estão sendo investigados. Trabalhamos com várias hipóteses, ainda é cedo para falar”, disse ao G1 Maués.
Já Claudelice Silva dos Santos afirma que o casal possuía inimigos e que as vítimas teriam registrado queixas pelas ameaças constantes que sofriam. “Os dois já haviam registrado as ameaças na imprensa, no Ibama e feito representação no Ministério Público Federal. É preciso registrar um boletim para a polícia saber? Alegar agora que não se sabia que eles eram ameaçados é ridículo”, questionou a irmã de José Cláudio.
Meu irmão e minha cunhada faziam denúncias de desmatamento, grilagem de terras e sempre foram ameaçados, mas nunca imaginamos que essas ameaças seriam consolidadas. Eles já tinham ido várias vezes para a imprensa, para jornais, para reclamar das ameaças, isso é público”, diz Claudelice.
Depoimentos
O crime ocorreu quando o casal deixava uma comunidade rural em Nova Ipixuna (PA). O delegado entendeu que o caso se tratou de “uma emboscada”.

“Estamos ouvindo os depoimentos de várias testemunhas que viviam com eles e moravam na região. Não dá para dizer ainda quem são os executores”, acrescentou Maués. Ele disse que não há testemunhas presenciais do crime e não confirmou se a Polícia Civil pediu a quebra do sigilo telefônico do casal.
Segundo o delegado, a responsabilidade de investigar o crime é da Polícia Civil do estado, que abriu um inquérito na delegacia de conflitos agrários de Marabá para apurar o caso.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Chuva provoca deslizamentos e mortes no Pará, diz Defesa Civil (Postado por Erick Oliveira)

Três pessoas morreram e treze ficaram feridas em dois deslizamentos de terra ocorridos por causa da chuva que atingiu Itaituba (PA), nesta segunda-feira (16). Segundo a Defesa Civil Municipal, mais de 29 mil pessoas foram atingidas por causa da força da água e 387 pessoas estão desalojadas ou desabrigadas.
(Uma versão anterior desta reportagem afirmava que quatro pessoas haviam morrido vítimas do deslizamento. A Defesa Civil de Itaituba (PA) corrigiu o número de mortos para três).
De acordo com Pedro Dias Pinto, coordenador do órgão municipal, a cidade está em situação de emergência. Dias informou ainda que a cidade fica perto das margens do Rio Tapajós, que teve o nível da água elevado por causa das chuvas.
"Algumas famílias foram retiradas das casas em área de risco, pois ainda há possibilidade de ocorrer novos deslizamentos. Uma equipe está fazendo o levantamento na região para sabermos o número exato de casas atingidas e possíveis vítimas soterradas."
Segundo ele, as vítimas foram levadas para o Hospital Municipal de Itaituba. "Das 13 vítimas retiradas dos escombros, oito estão em estado grave. O problema é que as famílias estão em uma área de invasão, no pé de um morro de 30 metros, de onde a terra cedeu. A terra atingiu duas áreas, uma do lado do distrito de Miritituba e a outra do lado do Bairro Buritizal"

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Com celular há 2 anos, Afuá já vive 'dependência' de smartphones (Postado por Erick Oliveira)

Mesmo sem sinal 3G, alguns moradores de Afuá (PA) acessam a internet pelo celular mais do que pelo computador. A telefonia móvel chegou ao município da Ilha do Marajó em 2008 e o acesso à web por aparelhos móveis já se tornou realidade para muitos moradores.
O smartphone está presente na maioria das mochilas dos adolescentes. “Já troquei de celular quatro vezes. O que tenho agora é um smartphone com acesso à internet, TV e aplicativo do Messenger”, diz Kelry de Castro, de 18 anos. “Para mim, eu sempre tive um celular. Não consigo imaginar a minha vida sem”, completa.
Suas colegas do 3º ano do Ensino Médio, Aline dos Reis, de 18 anos, Jaqueline dos Santos, 17, e Maria José de Melo, 18, também têm o celular como o principal meio de acesso à web. “Às vezes, vou em lan house, mas entro nas redes sociais pelo celular. Mesmo devagar, chego a ficar até duas horas conectada”, disse Jaqueline, que já trocou de aparelho duas vezes.
“Sempre troco quando surge um lançamento”, diz Aline, que já teve quatro celulares. Os preferidos são os com internet e TV. As redes sociais estão no topo da lista dos sites mais visitados: Orkut, Twitter e até Facebook, que chegou ao grupo de alunas como novidade há dois meses. "Preferimos os celulares com marcas mais conhecidas. O preço é muito parecido. Varia entre R$ 300 e R$ 600", explicou Aline.
Mesmo o celular sendo o novo vício dos jovens, Afuá tem apenas duas lojas que vendem aparelhos: uma revendedora autorizada e uma lan house. “Já vendi muito celular genérico sem garantia. Hoje, as pessoas preferem os de marcas conhecidas”, diz Leonardo Bararuá, dono da lan house. “Tudo o que você traz para a cidade vende. As pessoas gostam de novidade”, completou. Na loja, não havia mais nenhum celular com tela sensível ao toque. Segundo Leonardo, esses ficam pouco tempo na vitrine.
Por mais que a internet móvel ainda seja lenta e instável, uma promoção da única operadora na cidade oferece acesso gratuito à rede por 10 dias. Para continuar conectado, o usuário deve pagar R$ 25. “É o meio de comunicação mais usado na cidade hoje”, disse Kelry. Na terça-feira (10), o sinal da operadora ficou fora do ar por um dia. “Quase enlouqueci”, conta Kelry. "Fui até a loja da operadora para reclamar", disse outro estudante. Como a cidade sofre quedas constantes de energia, os moradores às vezes encontram nos aparelhos móveis a única opção de acesso.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Há 2 anos com celular e web, cidade das bicicletas se adapta à vida on-line (Postado por Erick Oliveira)

Com 35 mil habitantes e fundada há mais de 100 anos, Afuá, cidade paraense na Ilha do Marajó, só recebeu sinal de celular e provedor de internet há cerca de dois anos. A população, no entanto, já se adaptou às novas tecnologias e não consegue mais viver desconectada.
Na série lig@dos, o G1 vai mostrar como pessoas de diferentes locais se relacionam com a tecnologia. Na primeira etapa, mostraremos três cidades em diferentes estados da região Norte do país. Mande suas perguntas na área de comentários ao final da reportagem.
Próxima de Macapá (AP), Afuá recebeu o apelido de “Veneza Marajoara” graças às palafitas instaladas na cidade desde a sua criação. Segundo a secretaria de Turismo, enchentes invadem as ruas do município a cada quatro anos. Devido a sua constituição exótica, o único meio de transporte disponível aos cidadãos são as bicicletas. Os barcos vêm em segundo lugar. Carros e motos não são permitidos em Afuá.
“Eu trouxe, pela primeira vez, a internet para a população. Antes, apenas a prefeitura tinha acesso e algumas pessoas que arriscavam usar a web discada”, afirma Leonardo Bararuá, que fundou a primeira lan house na cidade em 2005. Hoje, o estabelecimento tem dois concorrentes. Na época, Leonardo usava internet via satélite que tinha um custo bastante elevado. Leonardo é responsável pela inclusão digital de muitos moradores de Afuá. “Algumas pessoas nunca tinham visto internet na vida”, conta. Além da lan house, Leonardo tem a única loja de eletrônicos da cidade. “Não é todo morador que compra aqui. Alguns trazem os aparelhos de Macapá ou Belém. As tecnologias custam a chegar em Afuá. Mas quando chegam, todo mundo sai correndo para comprar”, diz Leonardo.
A telefonia móvel chegou ao município no primeiro semestre de 2008 e, hoje, a cidade conta com um provedor de internet via rádio. Além de três lan houses, uma loja autorizada da operadora de telefonia móvel foi aberta em Afuá. De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), havia apenas um provedor do chamado Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) na cidade no primeiro trimestre de 2007. Hoje, existem cinco.
“O primeiro celular que comprei era bem simples porque eu queria ter um aparelho logo”, conta Rúbia Garcia, de 29 anos, que já trocou de aparelho duas vezes. “Também já tive três computadores, mas ainda não tenho internet em casa”.
“No meu celular, estou sempre acessando o Twitter. É viciante”, diz Adriano Alves Baliero, de 27 anos, que vende caricaturas e desenhos pelo Orkut e assinou uma promoção de internet móvel gratuita. Baliero conta que vivia muito bem antes do celular e da internet. “Eu gostava de jogar bola e não tinha noção de como era ter um celular”. Baliero tem um computador em casa e usa o celular como modem, que não apresenta boa velocidade de conexão à web.
“Usei um computador pela primeira vez na lan house do Leo”, conta Ezequiel Dias, de 26 anos. No início, quando ainda não sabia mexer no PC, Dias escrevia em um papel uma mensagem e pedia para um amigo digitar e enviar por e-mail. “Um dia, ele me disse: ‘vamos fazer uma e-mail para você’”. Segundo Dias, o acesso à internet em Afuá era muito restrito antes da lan house do Leonardo, apenas a prefeitura estava conectada.
Já Fabrício Gonçalves Pinheiro, de 25 anos, teve o celular furtado duas vezes e chegou a ficar dois meses sem aparelho. “Não me faz falta. Como a cidade é pequena, prefiro ficar na rua conversando com os amigos do que trancado em casa na web”, explicou.
Com notebook há um ano, Adriano Pimentel, de 28 anos, só foi se interessar em colocar internet em casa agora. “Quero puxar o Wi-Fi da lan house porque a minha mulher está fazendo um curso on-line e precisa da web”, explica. Pimentel decidiu comprar o notebook para fazer o trabalho de conclusão da faculdade. “Como eu trabalhava no interior, nas zonas rurais, a internet não pegava lá. Por isso, eu não tinha interesse em ter”.
Lúcio Coimbra foi o primeiro morador de Afuá a entrar na internet. “Quando eu contei que tinha me conectado na rede, ninguém na prefeitura acreditou”, conta. Em 1998, Coimbra se conectou pela primeira vez na internet discada. Ele colocou rede em casa em 2006 para montar a sua lan house, que fechou em 2009. Na época, ele conta que gastou cerca de R$ 10 mil para montar a internet sem fio via satélite. “Hoje, os notebooks mudaram o mercado. Mas muita gente ainda não tem internet porque é caro para a velocidade que é oferecida”.
Em Chaves, cidade mais próxima de Afuá, a tecnologia é ainda mais recente. O telefone celular chegou há menos de um ano e a cidade conta apenas com uma lan house, conectada na rede via satélite. “Hoje, já que a cidade não tem provedor, todo mundo acessa a web pelo celular por causa de uma promoção da única operadora daqui”, conta Diackson da Silva Maciel, de 23 anos. A lan house é o único lugar onde são vendidos celulares. “Chegamos a vender cerca de 30 celulares por semana. Todo mundo quer ter um”, explica.
Educação
Nenhuma escola em Afuá tem laboratório de informática. O primeiro está sendo montado pela única instituição de Ensino Médio de Afuá. No entanto, há 3 anos, a prefeitura criou dois telecentros que contam com computadores conectados à rede e aulas de informática. A cidade também tem PCs com internet na biblioteca pública e no Centro Paroquial, que também oferece cursos.
Além de ter apenas uma escola de Ensino Médio, Afuá não conta com universidades. “Temos cursos de graduação para formar professores em parceria com a Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) e a Universidade da Amazônia (UNAMA). Nesses cursos, as aulas acontecem apenas no período das férias (janeiro e julho) em período integral”, explica a secretaria de Educação de Afuá.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Câmara aprova plebiscito para divisão do Pará em três Estados

Reuters/Brasil Online

BRASÍLIA (Reuters) - A Câmara dos Deputados aprovou na quinta-feira a realização de plebiscitos sobre a divisão do Pará e a criação de dois novos Estados: Tapajós e Carajás.

A matéria que trata da consulta popular sobre o Estado de Tapajós retornará ao Senado por ter sofrido alterações na Câmara. Já a proposta de plebiscito para a criação do Estado de Carajás segue para ser promulgada.

As propostas, uma vez validadas como leis, definem que o plebiscito ocorra em até seis meses. Após aprovação pela população diretamente interessada, é enviado um projeto de lei complementar ao Congresso para a criação das novas unidades federativas.
Se a população decidir pela criação dos dois Estados, o Pará não deixará de existir, mas terá seu território divido em três.

Caso seja criado, Tapajós irá abranger 58 por cento do território do Pará e terá 27 municípios da região oeste do Estado. Carajás englobará 39 municípios ao sul e sudeste do Pará.

(Por Maria Carolina Marcello)
 
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Câmara aprova plebiscito para dividir estado do Pará (Postado por Erick Oliveira)

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou na manhã desta quinta-feira (5) um decreto legislativo que autoriza a realização de um plebiscito que vai decidir pela criação do estado de Carajás, que seria uma divisão do estado do Pará. O decreto deve ser promulgado nos próximos dias pelo presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP). Depois de promulgado, o plebiscito poderá ser realizado em até seis meses, de acordo com a organização da Justiça Eleitoral.
Outro projeto, que também divide o estado do Pará foi aprovado pelo plenário da Câmara. O projeto que prevê a criação do estado de Tapajós, contudo, ainda precisa passar pela aprovação do Senado antes de ser promulgado. Se os dois plebiscitos forem realizados, a área atual do estado do Pará poderá ser divida em três estados.
Pela proposta, o estado de Carajás, de autoria do ex-senador Leomar Quintanilha, estaria localizado a sul e sudeste do Pará, e prevê como capital a cidade de Marabá. Ao todo, o novo estado teria 39 municípios, com área equivalente a 25% do atual território do Pará.
Já o projeto que prevê o plebiscito para o estado de Tapajós é de autoria do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). O novo estado estaria localizado a oeste do Pará, ocupando cerca de 58% da área total do estado. A capital do novo estado seria Santarém. Ao todo, 27 municípios estão previstos para o estado de Tapajós. O projeto que prevê o plebiscito ainda precisa ser aprovado pelo Senado.