quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Última no PIB per capita, Curralinho, PA, enfrenta falta de infraestrutura (Postado por Lucas Pinheiro)

A cidade de Curralinho, da ilha do Marajó, no Pará, foi apontada pelo IBGE como sendo o município brasileiro com o menor Produto Interno Bruto per capita do país em pesquisa divulgada nesta quarta-feira (12). Os números indicam que o município é o que, proporcionalmente, tem o menor valor de produção por habitante, R$ 2,2 mil por pessoa em 2010.

  "É importante ressaltar que o PIB não indica distribuição de renda, é um indicador de produção, significa gasto e consumo", explica Sérgio Castro Gomes, diretor de estatística do Instituto de  Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (Idesp).

O município, de quase 28 mil habitantes, é sustentado pela transferência de recursos oficiais, já que a administração municipal é responsável por 61% da produção de renda bruta na cidade. Além do emprego público, a população tem como principais atividades o extrativismo, a pesca, a criação de animais de pequeno porte e a agricultura, sendo o açaí e o palmito os produtos mais explorados.

De acordo com os moradores de Curralinho, a cidade tem carência de oportunidades. Serviços e o acesso a direitos do cidadão, como saúde e lazer, são precários. A circulação de renda também fica prejudicada, pois o único banco da cidade não atende às necessidades da população e, além da instituição, existe apenas uma casa lotérica onde os moradores fazem grandes filas para pagar suas contas com a pequena remuneração que recebem no final de cada mês.

 População reclama da baixa renda
Dona Nazaré, que pediu para não ter seu sobrenome divulgado, é moradora de Curralinho há 50 anos e conta que uma das maiores dificuldades da população é a inserção no mercado de trabalho. "É dificílimo encontrar trabalho em Curralinho, porque o único órgão que oferece emprego é a prefeitura, e são poucas vagas. No comércio, as pessoas recebem em torno de R$ 300 por mês, bem menos do que um salário mínimo", explica. "Se tivesse oportunidade de viver em um município que oferecesse condições melhores para as famílias, eu me mudaria", conta a aposentada.

A manicure Vanessa Souza da Silva também sente no bolso as dificuldades de viver no município. "Aqui se paga pouco. Ganho R$ 100 por semana. Cada pé e mão que eu faço são R$ 10", conta. Porém o que mais frustra a população, segundo ela, é o descaso na saúde: o primo de Vanessa morreu em agosto, por conta de complicações após um tratamento de malária e, segundo ela, a situação está longe de ser um caso isolado. "A saúde está precária aqui. Falta remédio no hospital. Quem chega morrendo tem que ser transferido para cidades próximas, porque nunca tem médico", relata.

Para a funcionária pública Maria da Conceição, o maior problema da cidade é a falta de infraestrutura. Ela conta que teve uma hemorragia interna durante a gravidez. Procurou atendimento médico e foi levada em um carro de mão, já que a ambulância não passava pelas ruas sem asfalto da cidade. "As ruas não são asfaltadas, não. São de chão batido. Vai chegar o inverno e nós vamos ficar como? Nadando? Vamos precisar ir de canoa para o comércio, porque fica tudo alagado", desabafa.

Falta de oportunidades gera criminalidade
Os moradores de Curralinho também se queixam da segurança. Segundo eles, a ausência de instituições públicas de ensino faz com que muitas pessoas acabem entrando no crime. "Muitas coisas estão faltando. Não temos um curso técnico para os alunos, e a droga está dominando o município", reclama Vanessa de Souza. "Está bem ruim a questão do aprendizado aqui. O número de colégios precisa ser ampliado, e quem termina o ensino médio para de estudar, porque não temos universidade", diz Maria da Conceição.

O G1 tentou entrar em contato com o prefeito de Curralinho, mas não foi atendido. A prefeitura do município ainda não se manifestou sobre a pesquisa do IBGE.

Especialista aponta soluções
De acordo com o economista Afonso Chermont, a situação de Curralinho e demais municípios do Marajó é consequência de um processo histórico. "Há 40 anos, a ilha do Marajó fornecia carne para Belém, era um grande centro produtor. Tudo mudou com os incentivos para produção de carne no interior do estado. Além disso, a opção de desenvolvimento do Pará foi através da riqueza mineral, e a pecuária do Marajó, de pasto natural, é primitiva e produz pouco. A riqueza do Marajó ficou prejudicada", avalia.

Para o economista, a solução para os municípios da ilha seria investimento em infraestrutura, tecnologia e turismo. "Haveria saída para o Marajó se desenvolver, através de técnicas modernas de produção e um transporte mais eficiente, ligando a ilha a Belém e Macapá", aponta o economista, que também vê no turismo e na economia verde uma forma de desenvolvimento para a região: "Outro aspecto importante é a produção de alimentos. O Marajó utiliza técnicas tradicionais, então poderia comercializar alimentos orgânicos em supermercados", destaca.

*Colaborou Natália Mello

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Cacique Tembé é encontrado em Nova Esperança do Piriá, PA (Postado por Lucas Pinheiro)

 O cacique Valdeci Tembé foi localizado na tarde desta segunda-feira (3), na área rural de Nova Esperança do Piriá, nordeste do estado. Ele foi encontrado por índios da mesma etnia, que decidiram fazer buscas no município depois que o líder indígena desapareceu, na noite do último sábado (01).  Os Tembé já informaram a Polícia Federal sobre o caso.

De acordo com os indígenas que estão na Casa do Índio, em Paragominas, Valdeci desapareceu por conta própria depois de conflitos ocorridos durante a operação "Soberania Nacional", realizada pelo Ibama, no mesmo dia do seu depararecimento. Ele teria andado mata adentro, com medo de ser assassinado.

O cacique foi localizado em um povoado a 65 km de Nova Esperança do Piriá, onde recebeu abrigo de camponeses. Parentes de Valdeci não querem que o local em que ele se encontra seja divulgado e temem ações violentas por parte dos madeireiros. Segundo os familiares, o cacique deve ser levado a Belém nos próximos dias para prestar depoimentos à Polícia Federal.

Entenda o caso
Fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), policiais militares e índios foram alvo de tiros disparados por madeireiros na noite do último sábado (01), na terra indígena Alto Rio Guamá, em Nova Esperança do Piriá, no nordeste do Pará. A equipe de agentes fazia a retirada de madeira apreendida dentro do território de índios Tembé. Durante o conflito, o cacique Valdeci Tembé desapareceu.

O Ministério Público Federal (MPF) pediu apoio urgente para as polícias Federal e Militar do Pará para conter os madeireiros na região. Segundo informações do MPF, a madeira foi apreendida em 2011 depois de ser extraída ilegalmente de dentro da terra indígena, mas só agora o Ibama pôde fazer cubagem, para posterior retirada. Os policiais e fiscais foram surpreendidos pelos madeireiros, que atiraram contra a equipe.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

ABIN identifica as ONGs estrangeiras que boicotam Belo Monte

O relatório da ABIN tem esse valor. Dá nome aos bois. Dos estrangeiros. Dos brasileiros a gente, aos poucos, identifica por aqui


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O relatório de inteligência no. 251/82260, de 9 de maio de 2011, da Agência Brasileira de Inteligência, a ABIN, identifica, uma por uma, as organizações estrangeiras que boicotam a construção da Usina de Belo Monte.

Como se sabe, Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo, que não vai alagar uma única moradia, um puxadinho, uma lavoura de indígena brasileiro.

E significará um passo decisivo na estratégia para o Brasil assegurar uma matriz energética limpa, renovável – e genuinamente nacional.

Essas organizações identificadas pela ABIN mantêm uma relação de afinidade ideológica estrutural com os grupos “verdistas” que se opõem, por exemplo, ao Código Florestal.

O Código, da mesma forma, cria o marco regulatório que preserva a integridade patrimonial do pequeno agricultor e assegura a expansão do grande empreendedor agrícola genuinamente brasileiro.

Atacar Belo Monte e acusar o Código de “perdoar o desmatador”e Belo Monte de “monstro” que vai “destruir a floresta” são a cara e a coroa dos mesmos interesses não-brasileiros.

O “verde” é a nova ideologia Metropolitana.

Não é à toa que a Bláblárina, desde sempre, foi a candidata que seguia a linha auxiliar do Cerra.

Porque o “verdismo” é uma nova forma de neoliberalismo.

Por falar nisso, interessante que o PT tenha tanta dificuldade de defender o “interesse nacional”.

O PT parece precisar, sempre, do aval dos Estados Unidos.

Da Metrópole.

Para não parecer bicho papão.

Enquanto estava na Casa Civil (como se sabe, ele foi embora pra não identificar os fregueses), Tony Palocci pressionou para que o Código Florestal respeitasse a pressão dos estrangeiros.

O PT parece intimidado diante das ONGs americanas que boicotam Belo Monte e o Código.

(Os trabalhistas ingleses também são assim. Não querem dar a impressão de que defendem o interesse nacional inglês, contra os Estados Unidos. Foi numa dessas que o Tony Blair se enfiou no Iraque com o George Bush.)

O relatório da ABIN tem esse valor.

Dá nome aos bois.

Dos estrangeiros.

Dos brasileiros a gente, aos poucos, identifica por aqui.


Paulo Henrique Amorim






quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Manifestantes decidem desocupar canteiro de obras de Belo Monte (Postado por Lucas Pinheiro)

 Os manifestantes que ocupam o sítio do Pimental, na Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, anunciaram que irão sair do local no início da manhã desta quinta-feira (18). De acordo com lideranças indígenas da área, todos os grupos que estavam acampados no canteiro de obras desde o dia 8 de outubro foram ouvidos e definiram um calendário de reuniões e ações junto a representantes da Norte Energia, empresa responsável pelas obras de instalação de Belo Monte.

Na avaliação das lideranças, porém, o acordo assinado nesta quarta-feira (17) não representa avanços significativos na negociação com a empresa. "Consideraríamos sucesso se a implantação das obras ocorresse dentro dos prazos definidos em reuniões anteriores, o que não aconteceu", conta Jair Xipaia, cacique de uma das etnias presentes em Belo Monte.

 Nesta quarta-feira (17) a reunião de conciliação discutiu os possíveis impactos da instalação da hidrelétrica entre comunidades locais como ribeirinhos, pescadores, pilotos de embarcações e agricultores, além de negociar três itens restantes da pauta de reivindicações dos índios: a instalação de pistas de pouso de aviões de pequeno porte, a construção de torres de te telefonia, e a realização de manutenção em equipamentos como os geradores de energia elétrica existentes nas aldeias.

"A empresa se comprometeu a atender esses pedidos em um prazo mínimo de 15 dias, quando já devem acontecer as visitas técnicas nas aldeias. O início das primeiras obras deve acontecer em 30 dias e elas deverão ser concluídas em cinco anos", adianta o cacique Jair Xipaia.

Na última terça-feira (16) em reunião com as lideranças indígenas a empresa Norte Energia já havia se comprometido a atender outras demandas como a contrução de postos de saúde e escolas nas aldeias e a realizar trabalhos em parceria com outros órgãos na defesa e demarcação das terras indígenas.

 Grupos negociam compensações
A advogada que presta consultoria jurídica aos indígenas e comunidades atingidas pela construção da barragem, Maíra Irigaray, informou que o maior avanço na audiência realizada nesta quarta-feira foi o início da negociação com outros grupos que sentem o impacto da instalação de Belo Monte.

"A partir do ponto de vista dessa ampliação de comunidades e grupos ouvidos e envolvidos na negociação há avanço, mas no que diz respeito as demandas não há realmente nenhuma novidade. Conversamos sobre direitos e cumprimentos de condicionantes já debatidos e fixados em reuniões anteriores. Neste sentido, é até mesmo um retrocesso", considera a advogada.

Ela diz que pescadores e pessoas que trabalham com o transporte de passageiros na região do rio Xingu reclamam dos efeitos já sentidos durante a realização das obras e do fato destes impactos não serem reconhecidos no projeto de implantação da Usina.

 "Pescadores contam que retiravam semanalmente 300 quilos de peixe do rio e agora não conseguem pescar mais de 150 quilos. Quem trabalha com os barcos não sabe como vai funcionar e quando estará disponível a transposição do rio. Esses impactos que já estão acontecendo não foram previstos entre os acordos fixados anteriormente", explica Maíra Irigaray.

Vistoria na área avalia impactos da usina
De acordo com a advogada, no dia 7 de novembro será realizada uma vistoria na área de Belo Monte para avaliar a existência dos impactos aos outros grupos além dos indígenas. A ação deve contar com a presença da Defensoria Pública do estado, do Ministério Público Federal, das comunidades e da Norte Energia.

"Dependendo de conclusões desta visita, eles se comprometeram a avaliar a existência dos impactos e discutir a possibilidade do pagamento de indenizações a agricultores, pescadores, ribeirinhos e pilotos de embarcações que vivem na área", afirma.

Ninguém da empresa Norte Energia foi encontrado para comentar o assunto.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Acordo pode pôr fim a ocupação de canteiro em Belo Monte, no Pará (Postado por Lucas Pinheiro)

Após cinco horas de reunião nesta terça-feira (16), indígenas e representantes da empresa Norte Energia chegaram a um acordo que pode pôr fim a ocupação do canteiro de obras do Sítio Pimental, da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, que começou no dia 8 de outubro. Os manifestantes, porém, continuam no local até que o acordo seja oficialmente assinado e os demais grupos do movimento também sejam atendidos pela empresa.

 De acordo com uma advogada que presta assessoria jurídica aos indígenas e comunidades atingidas pela construção da barragem, a audiência de conciliação realizada nesta terça-feira (16) irá continuar nesta quarta-feira (17).

"Hoje (16) só foram ouvidos os indígenas e a Norte Energia se comprometeu a atender as reivindicações, mas ainda há outros grupos como ribeirinhos, pescadores e agricultores do Xingu, que irão negociar com a empresa em uma nova reunião realizada nesta quarta-feira (17)", conta Maíra Irigaray.

Entre os pedidos que serão atendidos estão a melhoria de serviços de assistência em saúde, a construção de escolas e a proteção e a demarcação de terras indígenas. "Apesar do acordo, há um pacto entre os manifestantes de só realizar a desocupação após todos os grupos terem sido atendidos. Além disso, estamos esperando que a ata da reunião e o acordo em si sejam assinados nesta quarta-feira (17)", conta a advogada.

 Entenda o caso
Cerca de 200 manifestantes, entre indígenas de diversas etnias, agricultores e pescadores ribeirinhos acamparam o canteiro de obras da usina hidrelétrica de Belo Monte no dia 8 de outubro. O grupo invadiu a área do Sítio Pimental, localizado perto do rio Xingu, no sudoeste do Pará, em protesto contra a construção da usina. Segundo os ocupantes, a água e a energia do local foram cortados.

A Usina Hidrelétrica de Belo Monte está sendo construída no rio Xingu, no sudoeste do Pará, com um custo previsto de R$ 19 bilhões. O projeto tem grande oposição de ambientalistas, que consideram que os impactos para o meio ambiente e para as comunidades tradicionais da região, como indígenas e ribeirinhos, serão irreversíveis.

A obra também enfrenta críticas do Ministério Público Federal do Pará, que alega que as compensações ofertadas para os afetados pela obra não estão sendo feitas de forma devida, o que pode gerar um problema social na região do Xingu. Porém, na manhã desta terça-feira (16), o juiz federal Arthur Pinheiro Chaves, da 9ª Vara de Belém, extinguiu a medida cautelar promovida pelo MPF contra a Licença de Instalação da UHE Belo Monte.

Segundo a empresa, o juiz federal reconheceu que "a Norte Energia está cumprindo as condicionantes ambientais".

sábado, 13 de outubro de 2012

Romaria fluvial reúne cerca de 500 embarcações na Baía do Guajará (Postado por Lucas Pinheiro)

 Às 5h30 deste sábado (13), a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré saiu da Igreja Matriz, em Ananindeua, em direção ao distrito de Icoaraci, em Belém, de onde sai o Círio Fluvial. Mesmo sem paradas para homenagens, a Romaria Rodoviária foi acompanhada por milhares de fiéis, que foram ver a passagem da santa.

A chegada a Icoaraci aconteceu às 8h20. No porto, uma celebração foi realizada antes da saída para a Romaria Fluvial, às 9h20. Muitos fogos marcaram a saída da procissão. Segundo a Capitania dos Portos, cerca de 500 embarcações acompanham o Círio das Águas pela Baía do Guajará, que cerca a capital paraense.

 Embarcações de todos os tamanhos são preparadas com ornamentações e homenagens a imagem peregrina, destacando a fé católica e a devoção mariana. Muitos devotos acompanham a romaria de lancha e moto aquática.

As estimativas do Dieese/PA e da Diretoria da Festa de Nazaré é que aproximadamente 50 mil pessoas participam do evento, entre as que ficam nos barcos participando e as que apenas assistem.

Turista de Brasília, a aposentada Maria do Carmo Albuquerque acompanha a o Círio Fluvial pela primeira vez. “Estou gostando muito do que estou vendo. Estou ansiosa pelo primeiro contato com a virgem de Nazaré”, afirma a aposentada, que disse ainda pretender participar do maior número de romarias que ela puder.

 A berlinda com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré atracou do cais da Escadinha, na Estação das Docas, por volta das 11h, de onde já sai para outra homenagem nas ruas de Belém, a Motoromaria.

Esta é a 27ª edição da Romaria Fluvial. A primeira edição foi realizada pela Companhia Paraense de Turismo (Paratur), com saída do Trapiche de Icoaraci no dia 8 de outubro de 1986. A primeira romaria foi acompanhada por cerca de 50 barcos.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Justiça manda Incra cessar desmate da Amazônia em propriedades no PA (Postado por Lucas Pinheiro)

  A Justiça Federal do Pará determinou que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) adote imediatamente medidas para cessar o desmatamento em todos os assentamentos instalados em território paraense, recupere áreas degradadas e cumpra exigências antes de criar novas áreas voltadas para a Reforma Agrária.

De acordo com dados do Incra, até 2011 o estado abrigava 1.081 assentamentos agrários, divididos por três superintendências (a de Belém, a de Marabá e a de Santarém).

A liminar concedida em ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF) afirma que as propriedades do Incra no estado têm promovido desmates de grandes extensões, “muitos dos quais verificados no interior de unidades de conservação, provocando agressões ao bioma da Amazônia paraense”.

Na decisão, datada de 5 de outubro, o juiz Arthur Chaves diz que o órgão do governo federal tem 90 dias a partir da publicação da liminar para apresentar um plano de recuperação de todas as áreas degradadas apontadas pelo MPF.

A determinação judicial diz ainda que o Incra deverá apresentar um plano de trabalho para a realização do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e licenciamento ambiental de todos os assentamentos já criados e dos novos projetos. O descumprimento da norma poderá render ao instituto uma multa diária de R$ 10 mil.

O CAR consiste no registro cartográfico e literal dos imóveis rurais junto às secretarias de Meio Ambiente. É uma forma de controlar atividades ilegais em áreas onde não se pode mais desmatar.

 Desmatamento sem controle
Dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) apresentados pelo magistrado na decisão judicial mostram que de 1997 a 2010 houve o desmate de 30% da cobertura vegetal nativa que estão em áreas de assentamentos agrários.

Em 14 anos, a região onde ficam os beneficiados pela Reforma Agrária perdeu o total de 53.150 km² de vegetação – quase duas vezes e meia o tamanho do estado do Sergipe ou 35 vezes o tamanho do município de São Paulo. Desta área, 30,4 mil km² foram devastados após a criação dos assentamentos.

 De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que usa o sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real, o Deter, para analisar a degradação da Amazônia Legal, o Pará foi responsável por desmatar 482,52 km² de floresta entre 1º de janeiro a 30 de setembro deste ano -- quase 36 km² a mais que no mesmo período de 2011.

Prefeituras de municípios paraenses, como Anapu e Senador José Porfírio, cidades que foram incluídas na última semana na lista do governo federal dos maiores desmatadores da Amazônia, afirmam que a fiscalização nos municípios têm sido intensificadas, exceto em áreas pertencentes ao Incra, o que, segundo as secretarias de Meio Ambiente, tem de ser feito pela União. Elas alegam ainda que nessas áreas ocorrem as maiores perdas de cobertura vegetal, todas detectadas em levantamentos do Inpe.

Incra vai recorrer da decisão
Em nota divulgada no site do Incra, o órgão afirma que desde 2007 não cria assentamentos sem licença ambiental prévia e que desde agosto debate com o MPF formas de enfrentar ilegalidades nas áreas de assentamento.

Além disso, o instituto alega que foram feitas várias reuniões entre o presidente da instituição com órgãos estaduais e federais ligados à preservação da Amazônia com o objetivo de discutir formas de reduzir o desmatamento na região.

O Incra encerra anota informando que a Procuradoria Federal Especializada junto ao Incra (PFE/Incra) aguarda intimação da Justiça Federal para recorrer da decisão.

Ação do governo na Amazônia
Nesta terça-feira (9), o governo federal anunciou a criação de um grupo da Força Nacional de Segurança que será voltado exclusivamente para combater o desmatamento na Amazônia.

De acordo com os ministérios do Meio Ambiente e da Justiça, também foi anunciada a criação de um programa de cooperação entre Exército e órgãos de fiscalização ambiental para a proteção do bioma que será chamado "Proteger Ambiental".

O projeto prevê o compartilhamento de estruturas das Forças Armadas com órgãos ambientais para desenvolver ações de combate ao desmatamento. Equipes de inteligência do Exército estarão a serviço das ações no bioma, de acordo com a ministra. O programa deve ser instituído por decreto, que será publicado no "Diário Oficial da União" ainda nesta semana.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Trabalhadores retornam ao trabalho nos canteiros de Belo Monte (Postado por Lucas Pinheiro)

Trabalhadores da Usina Hidrelétrica de Belo Monte retornaram as atividades nesta terça-feira (28). Cerca de 10 mil funcionários voltaram ao trabalho às 5h30 da manhã nos três canteiros de obras da usina, que está sendo construída no rio Xingu, em Altamira, no sudoeste do Pará.

 A retomada da construção hidrelétrica foi possível após o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ayres Britto, conceder na última segunda-feira (27) uma liminar autorizando a continuidade dos trabalhos. A paralisação havia sido determinada do dia 14 de agosto, pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Segundo o desembargador do TRF-1, Souza Prudente, os povos indígenas da região teriam que ser consultados sobre a construção da usina. Na semana passada, a Advocacia-Geral da União(AGU) apresentou recurso ao STF afirmando que a paralisação da obra causa danos à economia brasileira e à política energética do país.

Entenda o caso
A Usina Hidrelétrica de Belo Monte está sendo construída no rio Xingu, em Altamira, no sudoeste do Pará, com um custo previsto de R$ 25 bilhões.

O projeto tem grande oposição de ambientalistas, que consideram que os impactos para o meio ambiente e para as comunidades tradicionais da região, como indígenas e ribeirinhos, serão irreversíveis.

A obra também enfrenta críticas do Ministério Público Federal do Pará, que alega que as compensações ofertadas para os afetados pela obra não estão sendo feitas de forma devida, o que poderia gerar um problema social na região do Xingu.

domingo, 12 de agosto de 2012


Ibope divulga primeira pesquisa de intenção de voto em Belém

Pesquisa foi realiza entre os dias 7 e 9 de agosto.
O Ibope também pesquisou em quem os eleitores não votariam.

Do G1 PA
O Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) divulgou neste sábado (11) a primeira pesquisa encomendada pela TV Liberal, afiliada da Rede Globo no Pará, com a intenção de votos para a prefeitura de Belém.
A pesquisa foi realizada nos dias 7 a 9 de agosto. Foram entrevistados 602 eleitores. A margem de erro é de quatro pontos perceituais, para mais ou para menos.
Veja os números do Ibope para a pesquisa estimulada:Edmilson Rodrigues (PSOL) - 42% das intenções de voto
José Priante (PMDB) - 22%
Zenaldo Coutinho (PSDB) - 12%
Arnaldo Jordy (PPS) - 7%
Jefferson Lima (PP) - 5%
Anivaldo Vale (PR) - 2%
Alfredo Costa (PT) - 1%
Marcos Rego (PRTB) - não alcançou 1%.
Sérgio Pimentel (PSL) e Leny Campelo (PPL) não foram citados.
Branco/ nulo - 5%
Não sabe/ não respondeu - 3%
Pesquisa também apontou em quem o eleitor não votaria
O Ibope também perguntou em quem o eleitor de Belém não votaria para prefeito. Para esta pergunta, os entrevistados poderiam citar mais de um candidato, por isso, a soma das respostas é superior a 100%.
Veja os números da rejeição dos candidatos:Arnaldo Jordy (PPS) - 25%
José Priante (PMDB) - 24%
Edmilson Rodrigues (PSOL) - 22%
Alfredo Costa (PT) - 18%
Jefferson Lima (PP) - 18%
Zenaldo Coutinho (PSDB) - 17%
Anivaldo Vale (PR) - 16%
Leny Campelo (PPL) - 15%
Sérgio Pimentel (PSL) - 13%
Marcos Rego (PRTB) - 12%
Poderia votar em todos - 9%
Não sabem/não responderam - 11%
Pesquisa também avaliou a administração do atual prefeitoA administração do prefeito Duciomar Costa (PTB) também foi avaliada na pesquisa. Veja os números:
21% dos entrevistados consideram o desempenho do prefeito bom ou ótimo.
40% dos entrevistados consideram regular
37% acham ruim ou péssimo
1% não sabe/não respondeu
Ibope também avaliou as administrações estadual e federalA pesquisa do Ibope também perguntou como os entrevistados avaliam o desempenho do governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), e da presidente do Brasil, Dilma Roussef (PT).
Veja os números da avaliação da administraçao do governador Simão Jatene (PSDB)43% dos entrevistados consideram o desempenho do governador bom ou ótimo
40% dos entrevistados consideram regular
15% acham ruim ou péssimo
2% não sabem/não responderam
Veja os números da avaliação da administração da presidente Dilma Roussef (PT)57% dos entrevistados consideram o desempenho da presidente ótimo ou bom
31% dos entrevistados consideram o desempenho regular
10% acham ruim ou péssimo
2% não sabem/não responderam

A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) com o número 00036/2012.
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segunda-feira, 25 de junho de 2012



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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Confronto em fazenda do Pará deixa sem-terra feridos, diz CPT (Postado por Lucas Pinheiro)


Pelos menos 16 pessoas ficaram feridas a tiros em um confronto ocorrido na manhã desta quinta-feira (21), na fazenda Cedro, em Eldorado dos Carajás, no sudeste do estado, informou a Comissão Pastoral da Terra.
A Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá confirmou a ocorrência e já mandou uma equipe para o local do crime. A CPT disse que o confronto envolveu trabalhadores rurais e funcionários da fazenda.
Segundo a CPT, os feridos foram levados para hospitais da região. Os mais graves foram encaminhados para o hospital de Eldorado dos Carajás. As vítimas que tiveram ferimentos leves foram levados para Marabá.
O advogado da CPT, José Batista Afonso, disse que as vítimas foram feridas a bala. Três equipes da polícia foram apurar o caso. A Delegacia de Conflitos Agrários da região disse que o conflito já era eminente, mas não informou detalhes. Policiais militares também deslocados para a região.
O coordenador do MST no Pará, Ulisses Manaçás, informou que os trabalhadores rurais estavam fazendo um ato público em defesa do meio ambiente e contra o uso de agrotóxico, quando foram atacados.
“Fomos recebidos por vários tiros de seguranças armados da fazenda”, disse. Uma irresponsabilidade já que haviam muitas crianças entre os manifestantes", completou Manaçás.
Depois do ocorrido, os sem-terra fecharam a rodovia PA-150, que permanece interditada.
O MST reinvidica a liberaçã ode três fazendas da região para a reforma agrária, e pede uma audiência com o Incra de Marabá para discutir a questão da violência no campo.


A Agropecuária Santa Bárbara, proprietária da fazenda Cedro, reconhece que houve confronto. Porém, segundo a agropecuária, foram os sem-terra que atacaram a propriedade sem que houvesse qualquer tipo de provocação. Os trabalhadores rurais, que já ocupavam uma parte da fazenda desde 2010, teriam marchado em direção a sede com armas em punho, e foram repelidos pela segurança patrimonial da empresa.
Ainda segundo a agropecuária, houve feridos, mas a empresa ainda não sabe confirmar quantos. A Santa Bárbara informou que os sem-terra destruiram casas de funcionários e já chegaram a ocupar a sede da fazenda.
Massacre de Eldorado
A região onde se localiza a fazenda Credro já foi palco de conflitos de terra no Pará. Em 1996, ocorreu na PA 150 o chamado Massacre de Eldorado dos Carajás, quando 1,5 mil sem-terra que estavam acampados na região decidiram fazer uma marcha em protesto contra a demora da desapropriação de terras na rodovia PA-150. A Polícia Militar foi encarregada de tirá-los do local. Além de bombas de gás lacrimogêneo, os policiais atiraram contra os manifestantes, matando 19 sem-terra.
Em maio de 2012, o Tribunal de Justiça do Pará determinou a prisão de dois militares envolvidos no massacre. Eles foram condenados a penas superiores a 100 anos de prisão.

terça-feira, 19 de junho de 2012



Principais Manchetes de HOJE no Brasil e no Mundo:

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domingo, 17 de junho de 2012


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sábado, 16 de junho de 2012



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quinta-feira, 14 de junho de 2012



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terça-feira, 5 de junho de 2012


A Ecologia Sistêmica é abordada no livro SISTEMAS, AMBIENTE & MECANISMOS DE CONTROLE





Capa do livro de Edson Paim & Rosalda Paim


ECOLOGIA SISTÊMICA: É a abordagem da Ecologia através da ótica do SISTEMISMO, ou seja, segundo os cânones da Teoria Geral dos Sistemas, de Lwidg von Bertalanffy.

O tema é focalizado no livro de Edson Paim e Rosalda Paim, designado SISTEMAS, AMBIENTE & MECANISMOS DE CONTROLE.


LEIA a seguinte notícia sobre esse livro:


LIVRARIA AQUARIUS, DE AQUIDAUANA (MS), EDITA LIVRO DE EDSON PAIM

Da FM PAM - Redação

A Livraria Aquarius, de propriedade de Elcíria Rita Brandes Garcia, está editando o Livro de autoria de Edson Paim, designado SISTEMAS, AMBIENTE & MECANISMOS DE CONTROLE, o qual sairá da Gráfica, ainda neste mês de abril.

Este livro trata da abordagem de qualquer sistema, simultaneamente com a do respectivo ambiente, ambos acrescidos de mecanismos de controle ou “feedbacks”, necessários à obtenção dos seus estados de equilíbrio, cujo propósito é assegurar a consecução dos objetivos, fixados para o sistema em causa.

Sistemas, Ambiente & Mecanismos de Controle refere à descrição e a utilização de um paradigma de cunho abrangente, integrativo, sintético, enfim, holístico - o Sistemismo Ecológico Cibernético Informacional - construído com alicerce em quatro pilares principais: Teoria Geral dos Sistemas (Sistemismo), Cibernética, Teoria da Informação e Ecologia, representando, portanto, uma metodologia de caráter multirreferencial.

O presente construto foi concebido e elaborado com inspiração no modelo de organização e funcionamento dos seres vivos e dos ecossistemas naturais - sistemas auto-organizadores, auto-reajustáveis e auto-reprodutores, - os quais são dotados de dispositivos cibernéticos ou de “feedback” negativo, construídos pela natureza.

Um aspecto deste paradigma é o fato de estar estribado na estrutura sistêmica do genoma e, na fisiologia cibernética do sistema nervoso, particularmente do cérebro humano, que abriga o produto mais sofisticado da evolução biológica - a consciência.

A metodologia proposta pode ser aplicada tanto à focalização de um sistema como a de seus metassistemas e subsistemas, incluindo a visualização do respectivo ambiente - também um sistema, - o sistema ambiental.
Este referencial corresponde ao Sistemismo ampliado e postula a possibilidade da abordagem de qualquer sistema, seja de natureza física, biológica, tecnologia ou social, mediante a mesma metodologia, ora apresentada.

Destarte, o quadro de referência proposto torna possível enfocar, através de um mesmo prisma, o ser humano, um automóvel, uma empresa, um município, um estado, um país e, até mesmo, o sistema social global, assim como o sistema físico em que todos eles estão contidos - o próprio Planeta Terra - e, por extensão, o Universo inteiro.

Esta perspectiva se alicerça no fato de que todos eles possuem, como denominador comum, os atributos universais dos sistemas, entre os quais se destacam:

1) - os sistemas são conjuntos de partes interligadas e inter-relacionadas, atuando conjuntamente, para a consecução de um determinado objetivo;
2) - os sistemas estão inseridos no ambiente;
3) - a totalidade dos sistemas abertos estabelece contínuas e permanentes relações com o seu ambiente imediato, efetuadas através de intercâmbios;
4) - os intercâmbios que ocorrem entre cada sistema e o seu ambiente podem ser sintetizados como trocas contínuas e permanentes de matéria, energia e informações, processadas entre um e outro, afetando-se mutuamente, isto é, sofrendo, em conseqüência, cada um deles, influências do outro.
Os sistemas, de um modo geral, sobretudo, os de natureza biológica, tecnológica ou social, necessitam possuir mecanismos de controle (“feedbacks”), com o propósito de regular o seu estado de equilíbrio e a harmonia do seu funcionamento ou operacionalização.

Os sistemas compartilham, portanto, características tais como as de totalidade, abrangência, integralidade, síntese e inter-relacionamento entre suas partes integrantes, efetuando contínuas trocas de “matéria, energia e informações” com o ambiente, além da necessidade de possuírem mecanismos de controle, cuja finalidade é a manutenção dos seus estados de equilíbrio e, o do ambiente que os envolve, além garantir a harmonia ente ambos.

O fato de corresponderem a sistemas sintetiza os atributos que são comuns a todos eles.

Um determinado sistema, acrescido dos seus arredores, constitui, por sua vez, outro sistema, de maior amplitude e, de natureza mista: o conjunto sistema/ambiente, que poderá ser designado, no contexto do estudo, como universo, - com u minúsculo - para não confundir com Universo, o sistema cósmico.

Nosso planeta e, o seu ambiente, o Universo, o qual integra, por corresponderem a sistemas, podem ser visualizados através deste mesmo prisma, considerando-se, entretanto, que o Sistema Universal representa o único sistema sem ambiente, pois não se pode conceber a existência de algo em seu entorno, desde que o consideremos infinito.

Os nove primeiros capítulos, que se busca manter inter-relacionados, interligados, entrelaçados, integrados, como uma malha, uma trama, uma rede, uma teia de idéias, fundamentos, conceitos e princípios que formam o alicerce do Sistemismo Ecológico Cibernético Informacional - o Sistemismo ampliado - constantes dos capítulos X a XII.

Finalmente, o capítulo XIII, “Rumo a uma Sociedade Cibernética”, aborda a hipótese de uma nova utopia: um sistema social aberto, baseado no Estado de Direito Democrático, cuja essência é ser repleto de mecanismos regulatórios (“feedback” sociais), destinados a assegurar o equilíbrio do seu funcionamento, objetivando torná-lo harmônico, em toda a plenitude e, inserido num contexto ecológico perfeitamente adequado aos propósitos ou telos da sociedade.

Este modelo sócio-econômico-jurídico-cultural e ecológico seria capaz de garantir aos seus integrantes, entre outras, as condições de liberdade individual e coletiva e, de universalização do acesso às informações, cidadania, trabalho, moradia, alimentação, educação, saúde, segurança, saneamento básico, transporte e lazer, enfim, igual oportunidade para todos: justiça social, adequada distribuição de renda e, qualidade de vida, compatível com a dignidade da pessoa humana, em perfeita harmonia com o contexto ambiental.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Coronel condenado por massacre de sem-terra é preso no PA (Postado por Lucas Pinheiro)

O coronel da PM Mário Colares Pantoja foi preso nesta segunda (7) no Centro de Recuperação Especial Coronel Anastácio das Neves, que fica em Santa Izabel, no nordeste do Pará. Pantoja se apresentou espontaneamente após o juiz da 1ª Vara do Tribunal de Justiça do Pará ter determinado, na manhã desta segunda feira, a prisão do coronel e do Major José Maria Pereira de Oliveira. Ambos foram condenados pela morte de 19 trabalhadores rurais sem-terra em 1996.

Pantoja estava em liberdade por conta de um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF), que permitia que tanto ele quanto o Major José Maria recorressem das sentenças em liberdade. Porém, em abril deste ano as condenações transitaram em julgado, fase que não permite mais recursos, e o Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJE-PA) expediu o mandado de prisão.

O TJE também pediu a prisão do major José Maria Pereira de Oliveira, que também foi condenado pelo envolvimento no massacre, mas até o momento Oliveira ainda não se apresentou para a Superintentência do Sistema Penitenciário (SUSIPE) do estado.

MST
Mais cedo, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Pará, Ulisses Manaças, comemorou a determinação da prisão. "O MST está entusiasmado com a decisão judicial. Mesmo sendo um fato antigo, o massacre é emblemático para o MST e para os direitos humanos", afirmou.

Para Manaças, a prisão do major e do coronel pode representar uma mudança em relação à impunidade no campo. "Por mais que você tenha um quadro que demonstra a dificuldade do Judiciário em atuar, isso dá forças para você ter uma mudança de comportamento que fortalece a luta por justiça e direitos humanos", avaliou.

Em entrevista ao G1, o advogado do MST Ney Strozake também celebra a decisão. “Finalmente foi feita justiça neste caso, com o decreto da prisão ao menos dos comandantes do massacre. Esse decreto era esperado na verdade desde o dia seguinte ao massacre. Infelizmente não há expectativa de novas prisões e seria muito difícil, neste momento, identificar aqueles que realmente efetuaram os disparos, mas esperamos que as prisões dos comandantes sirvam como exemplo para evitar novos casos”, diz Strozake.

O Massacre de Eldorado
Mario Pantoja era o comandante da operação da Polícia Militar encarregada de liberar o tráfego no trecho conhecido como "Curva do S" na rodovia PA 150, no sul do Pará. O local estava ocupado por cerca de 1,5 mil trabalhadores rurais ligados ao MST, que reinvindicavam terras para a reforma agrária. O confronto com policiais ocorreu em 17 de abril de 1996 no município de Eldorado dos Carajás, e além de bombas de gás lacrimogêneo a polícia atirou contra os manifestantes.

Dos 155 policiais que participaram da ação, Mário Pantoja e José Maria de Oliveira, comandantes da operação, foram condenados, a penas que superaram os 150 anos de prisão. Eles respondiam em liberdade, por força de um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal, concedido em 2005.